Algumas plantas sempre chamam minha atenção. Elas se revelam aos poucos. A magnólia é assim: elegante, silenciosa, cheia de presença. Vale a pena ser descoberta com calma. Por isso, escolhi começar alguns esboços como um desafio, não apenas por sua beleza evidente, mas também pela complexidade delicada de sua estrutura.
No canteiro cetral da Avenida Coronel Heráclito dos Santos, Jardim das Américas em Curitiba, caminho para o meu trabalho, há uma fileira de magnólias. Então, no final de março e começo de abril, notei que apareceu um tipo de fruto aveludado, com cores entre o rosado e o verde. Pesquisando no internet, descobri que se trata de um conjunto de folículos com aspecto semelhante a uma pinha. Coletei uma para desenhar e com isso conhece-la melhor. Após alguns dias, a estrutura secou e se rompeu, liberando as sementes vermelhas que estavam em seu interior.
Esse estudo da magnólia ainda está em andamento, mas já me ensinou algo. E acho que é isso que me fascina na ilustração científica: ela é, uma maneira de aprender a ver.
Registro Botânico N° 4: Estudos gerais
Magnólia (Magnolia grandilora)
Local: Avenida Coronel Heráclito dos Santos. Bairro Jardim das Américas, Curitiba Paraná
Estudo número 4: Técnica desenho lápis grafite em papel