De que maneira interferimos na arte da criança?
LOWENFELD, explica a importância de não interferir no ato de desenhar da criança. O ideal é deixá-la expressar livremente e de maneira natural, que é próprio dela, sem que nenhum adulto interfira na sua liberdade expressiva.
Contudo, o autor entende que os pais têm boas intenções, eles querem o melhor para os seus filhos, mas essas interferências são inadvertidas.
Exemplo do autor: a criança está rabiscando um papel e feliz que está conseguindo, por exemplo, segurar o lápis. O pai interfere perguntando o que a criança está desenhando e pede para a criança desenhar maçãs. Mas a criança não entende como desenhar a fruta e o pai desenha um modelo e a criança para agradar, passa a copiar o desenho da maçã. Com isso, as crianças param de garatujar e passam a copiar desenhos.
A ação de riscar é a relação do movimento do braço com os traços que surgem no papel. “A coordenação do movimento com o efeito do movimento”, a criança está desenvolvendo a destreza manual e além disso, também o fortalecimento da segurança nas suas inspiradas ações independentes que levam a descobertas individuais. A possibilidade de controlar a ação das garatujas no papel é uma experiência e confiança em si mesmo. Por isso, o autor alerta que interferir no desenho nesta fase é privar a criança de querer realizar outras ações autônomas. (LOWENFELD, 1977, p. 21-23)
Referência Bibliográfica
LOWENFELD, Victor. A criança e sua arte. (Um guia para os pais). Editora Mestre Jou: São Paulo, 1977
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